O Pari teve algumas ruas com os nomes originais mudados. Com que necessidade? a pedido de quem? em compensação , figuras ilustres do bairro, já falecidas , não tem nomes de ruas em sua
homenagem. Carlos Spera, Cel. Theodoro Cabette, dona Graziela Christopharo e tantos outros
personagens da história do Pari, ficam na apenas e tão sòmente na memória de alguns parienses.
O nosso blog, embora modestamente continua empunhando a bandeira com o lema de que o Pari tem jeito, sim senhor, um jeito diferente , mas tem jeito.
Quanto às ruas, os trabalhadores das olarias que existiam na hoje rua das Olarias, moravam num local a que se deu o nome de rua dos Oleiros. Lá os portugueses que eram a grande maioria,
se uniram e entre uma corrida que havia na parte baixa da rua de charretes, chamadas de aranhas e outra, fundaram um clube que foi o de maior número de sócios no bairro, o Luzitano Futebol Clube. Pois bem , um belo dia a prefeitura colocou uma placa nos postes com o nome de Dr. Virgílio do Nascimento. Com todo o respeito à memória do citado doutor, o que significou ele para o bairro? só a título de curiosidade, a prefeitura, muitos anos mais tarde, destruiu o campo do Luzitano, seu belo Salão de Festas, vestiários, Sede Social, play ground, por pura intolerância.
Mais uma rua, a do Porto, sim ali houve um porto de areia, mudada para rua Azurita, que ninguem dessa via viu uma pedra com esse nome na vida.
O querido Francolino, defensor das causas parienses, mas que exorbitou dando nomes a ruas a
parentes seus que nem sabiam onde ficava o bairro.
Uma rua que existe nos mapas mais antigos de São Paulo era o Caminho Velho do Pary. Num trecho dessa tradicional via, puseram o nome de Xandé, que ninguem conheceu e nem onde jogou. No outro trecho puseram o nome de uma outra rua , como se fosse um prolongamento da mesma, a Morro Grande.
A rua da Piscina, creio devido a uma das muitas lagoas que haviam no Canindé, mudaram para o nome do grande Comendador Nestor Pereira, que foi importante para a colônia lusa . Fizessem uma praça defronte ao estádio da Lusa e ali colocassem o seu nome. A rua Júlio Ribeiro já chamou rua Mista, a Rua do Trabalho, mudaram para o ilustre desconhecido dos parienses o Coronel Emígdio Piedade.
Enfim, nomes românticos ou que caracterizem o local, não deveriam ter seus nomes mudados, desculpem se estou sendo conservador, creio que não. Por exemplo a mudança da rua Estiva para TerezaFrancisca Martin, que é o nome de Santa Terezinha acho justa, devido ao colégio que existiu durante décadas no local e que levava o nome de uma santa. A rua Nelson Rodrigues, teve o seu nome mudado para um médico do mais alto gabarito e que durante muitos anos teve seu consultório na avenida Carlos de Campos, o Doutor Guimademar Lemgruber. Notável médico, que além de excelente , era muito justo e humano, tendo atendido a centenas de pessoas bem pobres, totalmente grátis, inclusive fornecendo remedios.
Em se falando de Carlos de Campos, a ele foi dado o nome de uma das principais avenidas do Pari.
Sabem quem foi Dr. Carlos de Campos? foi o Governador que deposto pela Revolução de 1924, fugiu para o Rio e de lá retornou com tropas federais e da Penha de França na antiga Estação Guaiauna, hoje Estação Carlos de Campos tambem, comandou um bombardeio indiscriminado contra a ciade aberta de São Paulo, a quartéis, residencias , indústrias , deixando um rastro de destruição nunca visto em São Paulo. O Pari foi bombardeado violentamente tambem, dando origem à fuga de milhares de pessoas , aterrorizadas com a sanha sanguinária de " Sua Excelência".
Esse aspecto de mudança de nomes de ruas é apenas um , dentre as muitas arbitrariedades cometidas pelas mais diversas "autoridades" contra a população pariense. Essas arbitrariedades,
na maior parte das oportunidades é motivada por derrotas nas urnas da 3a. Zona Eleitoral, que compreende Pari, Santa Ifigênia , Bom Retiro e Brás, cujas votações muitas vezes, não são as mesmas que elegem os(as) citados(as) alcaides e edis da Cânara Municipal. Não vemos motivos que não sejam por puro revanchismo.
Novamente exibimos uma foto do antigo Caminho Velho do Pary, hoje apenas um prolongamento da tambem antiga rua Morro Grande.
Assessoria técnica de Cíntia Galbiati Ramos
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