PARI É SANPAULU, XARÁ !!!
JAYME ANTONIO RAMOS
Dia 25 de Janeiro, como muitos sabem é o Aniversário da nossa querida São Paulo, a cidade que abriga a República do Pari ( expressão criada pelo já falecido Jornalista Ramão Gomes Portão, amigo do pelo também já falecido Jornalista pariense Laudo José Paroni ).
Amigos, desculpem o texto é longo, mas por mais que eu queira não sei expressar em poucas palavras, como é grande o meu amor por você ( Roberto ), Sampa. Leiam , tenham paciência ,sou um paulistano inveterado, nasci no Brás e com dois dias de vida fui para o Pari e haja , como diziam os napolitanos que lá habitavam, " chiachera" ( assunto ).
São Paulo, já cantada em verso e prosa.
Conspurcada por pessoas egoístas e más , que a emporcalham e outras que a deixam ser emporcalhada.
Que a violentam e outras que a deixam ser violentada.
Que a inundam e a deixam ser inundada.
Que a invadem e a deixam ser invadida.
Que a poluem e a deixam ser poluída.
Que a congestionam e a deixam ser congestionada.
E São Paulo segue gigante , altaneiro, sempre conduzindo e nunca conduzido, conforme o lema de seu belo brasão , Sempre Conduzindo, Nunca Conduzido em Latim NON DVCOR DVCO.
Opa, S. Paulo, ela e S. Paulo , ele?
Sim , S. Paulo é dos dois gêneros, ou três, ou quatro, ou cinco, S. Paulo, os ama a todos.
Eh ! Eh ! S.Paulo da garôa, S. Paulo que terra boa , disseram Alvarenga e Ranchinho na sua sabedoria caipira.
Saudosa maloca, maloca querida do Adoniram João Rubinato Barbosa, que os móquenses Demonios da Garoa eternizaram.
Da grana que ergue e destrói coisas belas do Caetano.
Cheguei no Paraíso no último vagão da meia – noite, pensei: onde vai o vagão depois de fechadas as portas, pensaram o Peri , o Rafael e o João.
Prá chegar no centro, eu gasto mais de 15 paus, reclamou o Kiko.
O baiano Tom Zé fala que São , São Paulo é o seu amor.
Lulina fala para colar na balada de sexta, mó legal, meu …
O Dr. Vanzolini , rondava a cidade a procurar sem achar e se tivesse que chorar, chorava no meio da rua , depois levantava , sacodia a poeira e dava a volta por cima, como bom paulistano que era.
O Billy , compôs o famoso : Vombora, vombora, tá na hora , vombora, fazendo o pessoal se apressar e ir à escola e ao trabalho sem atrasos, pela Jovem Pan.
Rita Lee, segundo o Caetano , a nossa mais completa tradução, numa música, com o Roberto de Carvalho, diz que enchem a cara e pixam a parede e às vezes cutucam os próprios conterrâneos.
Guilherme Arantes chama a cidade de paranóica e diz que mesmo assim a ama.
Lauro Miller elogia vários bairros paulistanos.
Os grandes compositores Filhinho e Thalma diziam na época do Ford bigode que o vovó agarra a direção para levar as mocinhas a dançar na avenida São João.
O Luiz Carlos e o Chiquinho viram uma menina linda no lado direito da rua Direita , a perderam de vista no movimento imenso da rua. E até hoje em cada que menina que passa , para o rosto eles olham , se enganam pensando que fosse ela.
O Jorginho do Império Serrano diz que o Rio inspira poesia , mas S. Paulo inspira amor.
Paulo Florence e Fagundes Varella conclamaram : " Voa ao combate ! repetindo atento: Morrer mil vezes, que viver escravos ! "
Izabel carinhosamente declamou: Quanto mais velha fica, mais elegante e bonita.
Kazinho bem antes da novela Passione já cantava o Jardim América.
Zica Bérgami escreveu e Inezita Barroso cantou quantas saudades o lampião de gás lhes trazia.
Até hoje eu não sei se o Juca da Moóca e o Juca do Braz é o mesmo rapaz, com a palavra o Haroldo e Romeu.
O Cido e o Sérgio falam que na cordilheira da Paulista o relógio do Itau lhes diz que estão a 15 segundos de serem felizes.
O Paulo fala de um presidiário que tinha saudades do luar de Vila Sônia.
Alberto Marino e seu filho o dr. Marino Júnior falavam da Rapaziada do Brás e o sr. Moacyr Braga da Rapaziada do Pary.
David Nasser compôs e o Nelson Gonçalves , paulistano por adoção cantou:"Eu amo S. Paulo,
Do Corinthians tradição,
Do Palmeiras, coração,
Do futebol brasileiro,
Eu amo o S. Paulo,
Cada jogo é uma lição,
No Brasil e no estrangeiro.
Victor e Liz cantaram um belo samba sobre o fim do tormento no trânsito da época, as porteiras do Brás e diziam sobre elas " Já vai embora e
Já vai tarde demais."
Mário Zan e J. M. Alves fizeram um Hino ao IV Centenário paulistano dizendo :
Foi em ti, Ó meu S. Paulo,
Que o Brasil se libertou,
O teu IV Centenário ,
Festejamor com amor.
O Hervê Cordovil e seu filho Ronnie Cord entraram na rua Augusta a 120 por hora,
tiraram a turma toda do passeio p´ra fora e
eles não tinham medo porque eram da gangue do Alfredo.
O Thomas e o Luiz diziam que só quem não te conhece, sabe do seu real valor.
Tonico, Tinoco e Trajano compuseram:
" Como o tempo passa ,
Como o tempo voa ,
Neste meu S. Paulo da garôa.
Será que a propaganda plagiou ou foi inspiração?
O Avaré exclamou:
S. Paulo, ó meu S. Paulo!
S. Paulo Quatrocentão,
S. Paulo ó meu S. Paulo,
Você é o meu torrão!
Romeu valseou, meu S. Paulo, meu S. Paulo querido.
O Geraldo Nunes do S. Paulo de todos os tempos escreveu que O povo de S. paulo é muito hospitaleiro.
A cariquíssima Leci Brandão com o Zé Maurício comentaram sobre pagode e compuseram que tem pagode na V.Izabel, Na Vila da Penha e em Padre Miguel,
Mas que tambem tem na Praça da Sé, no Tatuapé,a na Librdade
e em Acaraí e no PARI.
O Jorge e o Zé da Glória falaram sobre a Maria Espingardina da Conceição que mora num barracão da Vila Carrão.
O Gordurinha e o José vieram a S. Paulo do Rio e não se deram bem com o frio.
O Miguel Ângelo e o Oswaldo Cruz procuraram a Maria na Moóca , não encontraram e a acharam no Parque da Moóca.
O Zairo e o Palmeira criaram o Baile da Saudade e o Petrônio divulgou com espartilho, bengala e palheta, dentro do bondinho de cem réis.
O Gudin e o Costa cantaram que a Paulista exilou os seus casarões .
O Dias , o Bruno e o Ayrton cantaram que ser paulistano é ter quatrocentos anos, de lutas e glórias no sangue a ferver.
é também ser generoso
Diligente e operoso e ser o
Último a esmorecer.
O Zulmiro e o Filisbino arranjaram uma briga na Av.S. João, vieram correndo num " tropé"
passaram fugindo pelo Brás e Tatuapé
Fugiram por vários bairros até ao Sumaré.
Bezerra de Menezes indagou
Omde estão teus sobrados…
Lampiões e moços da Academia…
do Brás , Tietê , viaduto,
Barracas de flores e a multidão.
O grande Mário de Andrade, queria numa obra sua, que quando morresse ele fosse enterrado em S. Paulo, porém cada parte do seu corpo num bairro.
O destaque seria o coração paulistano , que ele escrevia que o afundassem no Páteo do Collégio,pois
assim seria um coração vivo e um defunto.
O Tânio Jairo já falava que estrangeiro prá chuchu, ninguem vive em S. Paulo
se não for poliglota ou bidu.
O David compôs com o Francisco Alves e o Rei da Voz com sua bela interpretação,
arrepia até hoje os paulistanos:
S. Paulo, seu coração está batendo,
Ao mundo inteiro dizendo ,
S. Paulo é o coração do Brasil !
O Elzo foi fundo ao expressar:
Urra meu, que tem Palmeiras,
Coringão e Tricolor,
Que saudade Ayrton Senna,
Um exemplo de valor.
O Premeditando o Breque, mais conhecido como Premê,
diz que é sempre lindo andar, na cidade S. Paulo e vai citando vários
bairros , como por exemplo, O Carandiru, Mandaqui,
PARI.
O famoso, na época de 20 , 30, Paraguassu ( Antonio Ricciardi ) compõs
Tantas saudades que tenho,
Do meu S. Paulo querido,
O meu jardim tão florido,
Onde feliz eu nasci.
O Geraldo Filme emocionou a região do Saracura quando compôs:
Silêncio, o Bixiga está de luto,
que o apito de Pato N'Água emudeceu,
emocionado com o Mestre de Bateria do Vai – Vai.
O carioca da gema Antonio Carlos Jobim, nascido num 25 de Janeiro, amou S. Paulo em várias
línguas, numa composiçaõ onde dizia I love you S. Paulo, Io ti amo, S. Paulo, te adoro S. Paulo.
O Maurinho da Mazzei sambava e cantava homenageando S. Paulo , Oswaldinho da Cuíca, Geraldo, a Glória, Peruche e o Bixiga e o berço do samba paulistano o antigo Largo da Banana, na Barra Funda.
O Maurício Tapajós e o Paulo Cesar Pinheiro falaram que toda vez que passavam na Av. S. João é como fazer a r onda no samba – canção.
Todos cantaram e cantam S. Paulo e eu fiz essa homenagem à minha terra natal e pesquisei numa fonte belíssima que é o site da Prefeitura , o S. Paulo, minha cidade, mas a musa inspiradora é a cidade que é o meu berço.
Aquela cidade que é minha amiga, minha professora, aquela cujo solo eu já reguei muitas vezes com lágrimas de tristeza e de alegria.
Dentro do seu solo sagrado, ó Piratininga, estão guardados e protegidos, pai, avós, tios, primos , bisavós, trisavós, amigos, ídolos, sonhos , ilusões.
Porém a sua memória , S. Paulo está viva, pulsando e eu teimoso, tentando passar às novas gerações de paulistanos.
Não é apenas saudosismo, creiam , é lição de amor, pra que prossigamos na tarefa de valorizar o nosso bairro, a nossa cidade, um Brasil melhor é para isso que lutamos.
Essa tarefa é nossa , amigos, não só hoje , aniversário da heróica S. Paulo de Piratininga, mas nos demais 364 dias do ano.
Isso é possível e dentro do pluralismo ideológico em que S. Paulo se insere, comentamos que , sim , nós podemos ( Barack ) e sem perder a ternura jamais ( Ernesto ).
Padre José e Padre Manoel ao colocarem a primeira estaca no primeiro colégio do Planalto de Piratininga, exortaram aquelas terras a viverem e ordenaram : " Viva, S. Paulo !" e o Apóstolo S. Paulo fez o milagre destinado a Paulistarum Terra Mater, fazendo que se tornasse uma metrópole gigantesca.
Nós , parienses paulistanos exclamamos com o peito estufado de orgulho e a plenos pulmões :
VIVA SÂO PAULO !
Porém lá do Ipiranga , onde Mario de Andrade queria que enterrassem sua língua para que o mesma desse vivas à liberdade, exclama :
"São Paulo, comoção da minha vida ! S. Paulo, galicismo a berrar nos desertos da América !
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