O Pari é um distrito situado na região central da cidade brasileira de São Paulo, a nordeste do chamado Centro Histórico da Capital. Apesar de sua posição geográfica voltada mais ao norte, pertence à Região Administrativa Sudeste da Capital, visto que o bairro integra a Subprefeitura da Mooca. Trata-se de um dos menores distritos da Capital, abrangendo o bairro do Canindé, onde se situa o estádio da Associação Portuguesa de Desportos e o Shopping D. O bairro possui também a sede da CEFET-SP. Tradicionalmente a comunidade do bairro participa dos desfiles de Carnaval com a sua Escola de Samba Colorado do Brás. O distrito é atendido pela Linha 1 (Azul) do Metrô de São Paulo, que passa dentro de seus limites, embora não haja nenhuma estação ali. Porém, quem freqüenta o bairro pode se utilizar da Estação Armênia, que fica a três quarteirões do Estádio do Canindé, por exemplo. Apesar de ser um distrito relativamente pequeno (possui 2,75 km²), suas ruas são largas e asfaltadas, sendo que algumas possuem canteiro central com vegetação. Por ocupar a várzea do Rio Tietê, é um bairro quase inteiro plano, sendo também considerado um bairro "baixo", pois em sua área existem muitos poucos prédios acima de quatro andares, sendo predominantes as casas, prédios de dois ou três andares, além de vários galpões e garagens de ônibus.O Pari é um bairro antigo da cidade de São Paulo e tem uma história interessante em torno do seu nome: pari era uma cerca de taquara ou cipó, estendida de mar a mar para pescar peixes. No caso, eles eram pescados principalmente nos rios Tietê e Tamanduateí, que ficavam próximos e eram rios piscosos, próprios para a instalação de "paris". Em 1867 seria inaugurado, pela São Paulo Railway, um pátio ferroviário denominado "Pari", hoje erradicado, que auxiliava nas manobras e na estocagem dos materiais que não podiam permanecer na Estação da Luz, possuindo também uma pequena estação de embarque e desembarque de mercadorias. Porém, apesar do nome, o pátio situava-se fora do atual distrito, entre as atuais ruas São Caetano, Monsenhor Andrade, Mendes Caldeira, e a Avenida do Estado, no Distrito do Brás. Neste distrito também também se situa o denominado "Largo do Pari", logradouro da confluência da Avenida do Estado com a Rua Santa Rosa, e, por aí, se percebe que a delimitação do distrito não respeitou a antiga compreensão que se tinha do Bairro do Pari. No século XX, o Pari ficou conhecido como o "bairro doce" da capital paulista, por possuir um comércio intenso e muitas indústrias de doces em seus domínios. Atualmente o bairro vem se dedicando principalmente à indústria de confecções. Imigrantes oriundos da Bolívia chegam diariamente ao Pari, em busca de trabalho neste ramo. Limites Norte: Rio Tietê. Leste: Rua Paulo Andrighetti e Rua Santa Rita. Sul: Rua Bresser, Rua Silva Teles e Rua João Teodoro. Oeste: Avenida do Estado e Avenida Cruzeiro do Sul. Santana e Vila Guilherme (Norte). Belém (Leste). Brás (Sul). Bom Retiro (Oeste). Escola de Samba Colorado do Brás: tradicional agremiação carnavalesca que, embora de porte mediano, é bastante admirada no meio carnavalesco paulistano pela qualidade dos seus sambas-de-enredo. O enredo "Catopês do Milho Verde: De Escravo a Rei da Festa", do desfile de 1988, é tido quase que por unanimidade pelos sambistas como um dos mais belos sambas-de-enredo da história do carnaval paulistano. Estádio do Canindé/Associação Portuguesa de Desportos: a tradicional agremiação esportiva da colônia lusa, vice-campeã brasileira da Série A em 1996, possui um estádio de médio porte e equipamentos de lazer e esportes para associados de ótimo padrão. Museu dos Transportes Públicos de São Paulo (SPTrans): fundado aos tempos da extinta CMTC, o museu caracteriza-se pela exposição de inúmeros bondes e ônibus antigos, bem como equipamentos ligados a transportes públicos, devidamente restaurados. Festa de Santa Rita: ocorre mensalmente no dia 22 e em todos os finais de semana do mês de maio. No dia 22 de maio (Dia de Santa Rita, dá-se um evento popular de cunho religioso extremamente concorrido, que faz com que as ruas nas proximidades do templo sejam bloqueadas ao acesso de veículos. As cerimônias religiosas se caracterizam pela bênção de rosas. Senhoras da comunidade atendem os visitantes no fornecimento de guloseimas cujo retorno financeiro é destinado às obras de caridade da paróquia (especialmente procurado é o imenso Bolo Bento de Santa Rita considerado pelos fiéis como alimento sagrado). A procissão de 22 de maio, que percorre as ruas do bairro, impressiona pela grande quantidade de componentes e ao final, à chegada da imagem de Santa Rita de volta ao templo, ocorre estrondosa queima de fogos de artifício. |
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