Hermes Boró, filho de um dos fundadores do Estrela do Pari F. C., era um dos mais animados foliões nos grandiosos bailes carnavalescos estrelanos.
No Pari, o Carnaval antigo se limitava às crianças se fantasiarem e seus pais exibirem orgulhosos nos domingos e terça-feiras gordas os piratas, as odaliscas, as fadas, etc.
O Brás, bem perto do Pari, ofuscava o nosso Carnaval, com seus corsos, desfiles de sociledades carnavalescas com muito confete, serpentina e o gelado lança-perfume.
Nos tempos de infância e adolescência, as meninas seguravam nas ruas serpentina de um lado e de outro para os raros carros levarem. Os meninos jogavam água e um preparado químico chamado sangue de diabo nos transeuntes e nos passageiros de ônibus. No Pif-Paf nos sábados à tarde durante anos houve guerra, no bom sentido, só entre membros da turma ,de farinha, água, etc.
Mas, o pico mesmo eram os bailes nos clubes, CMTC, Estrela , Independência, Luzitano, Silva Telles. Com a inauguração do Ginásio da Portuguesa e a realização dos bailes de Carnaval antes realizados no centro( Palácio Mauá ) os bailes dos outros clubes foram se acabando.
Pois bem, com o aumento do poder aquisitivo da população e a construção de ótimas estradas para o litoral, de carro chega-se com relativa facilidade às praias e hoje até o carnaval de clubes no bairro tiveram fim.
Existe no bairro vizinho , o Brás, o Colorado, um time de futebol que virou escola de samba, que chegou a disputar o grupo principal na passarela do samba, depois foi perdendo o apoio e hoje retorna com tudo , agora no segundo grupo , lutando com muitas dificuldades e sobrevivendo com a luta de abnegados, querendo voltar ao seu lugar de merecimento a divisão principal.Quando eu era criança, o Estrela e o Luzitano , nos domingos de carnaval, faziam um jogo de casados contra solteiros, com os jogadores devidamente fantasiados. Era muito divertido.
Hoje o bairro em se falando de festejos do Rei Momo, temos também na Praça Kantuta o dos bolivianos bem animado .
Comentários