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Após ação da Lusa na Justiça, leilão do Canindé termina sem lances

Clube se baseia no pedido de tombamento que está em análise no Conselho de Preservação do Patrimônio

Gonçalo Junior e Marcius Azevedo, O Estado de S.Paulo
09 de maio de 2019 | 15h41


Após a Portuguesa entrar com uma petição na 14ª Vara Cível da Capital de São Paulo para suspender o leilão de parte do terreno do Canindé, marcado para esta quinta-feira, não surgiram interessados. Para acionar a Justiça, o clube se baseou no pedido de tombamento enviado para Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Compresp) no dia 12 de abril. No entendimento do clube, o leilão só pode ser concluído após a decisão definitiva sobre o tombamento do complexo Oswaldo Teixeira Duarte, formado pelo estádio do Canindé e o clube social.
Torcida quer tombar o Canindé
Torcida consegue apoio de deputado para pedir tombamento do Canindé Foto: Clayton de Souza/Estadão
Na fase de análise do pedido, que dura dois anos, eventuais alterações precisam de anuência do Compresp. 
Esta quinta-feira marca o encerramento do prazo para os interessados em arrematarem a área avaliada em R$ 98 milhões. Esse valor é considerado muito baixo para a dimensão e a localização do terreno. Na primeira rodada, que não teve interessados, o valor era de R$ 163 milhões. É exatamente na última rodada, com a queda do preço, que costumam surgir os interessados.
A área possui 42 mil metros quadrados que correspondem a cerca de 45% do total da sede da Lusa – o restante pertence à Prefeitura, que também já autorizou a venda dessa parte. A divisão passa pelo meio do estádio. A área foi penhorada para o pagamento de dívidas trabalhistas que ultrapassam R$ 55 milhões. O Tribunal Regional do Trabalho já realizou duas tentativas de leilão, mas elas não atraíram investidores.
Se for tombado, o estádio não pode se transformar em um complexo hoteleiro, por exemplo, como previa o projeto revelado pelo Estado. A planta previa a construção de um hotel, um shopping, uma sede social e ainda uma nova arena para 15 mil pessoas. O custo total seria de R$ 2 bilhões.
Na visão dos torcedores, o tombamento significa a possibilidade de o Canindé continuar de pé, independentemente do destino do terreno. Com um abaixo-assinado com mais de cinco mil assinaturas, a torcida conseguiu o apoio do deputado estadual Campos Machado (PTB/SP) para o pedido de tombamento 6025.2019/0005235-3. Nesta quinta-feira, a ação ganhou o apoio do clube.
Esse é o segundo pedido de tombamento do Canindé nos últimos anos. Em 2016, o clube entrou com um processo no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico. O Condephaat abriu um dossiê preliminar, recebeu parte dos documentos, mas arquivou o pedido.
A Portuguesa quer que a área se torne patrimônio cultural da cidade em virtude do valor cultural e histórico do complexo. O salão nobre, por exemplo, foi projetado por João Batista Vilanova Artigas, um dos principais nomes da arquitetura paulista, em colaboração com Carlos Cascaldi, sócio de Artigas. 
Fonte : Estadão

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