· Interessante a minha pergunta acima. Antigamente eu escrevia a mão, depois datilografa nas máquinas de escrever e agora eu apenas aperto o teclado do computador nas letras que quero exatamente neste momento. Gosto um pouco de inovar. Já coloquei palavras no Dicionário Informal. Poucas, mas são palavras que achei que deviam existir e sempre falei e escrevi, mas não existiam nos dicionários e quando surgiu este DI, eu as coloquei e, sinceramente, são exatamente os seus significados. Mas não são todos que gostam de escrever. É preciso sentir prazer, gostar, ter a sensação do cérebro disponível e quase pedindo (aliás, ele não pede, ele manda!) para escrever. É um exercício mental que ele adora, claro, para manter-se em forma, sempre presente, com ideias, com tudo "na ponta da língua", sempre à minha disposição.
· Às vezes eu quero escrever, mas nem sei o quê! Muitos que escrevem já têm um assunto delineadamente (mais ou menos traçada, esboçada – colocá-la-ei no dicionário, pois sempre que precisei, falei e, algumas vezes, escrevi) em mente e quando começam não param mais. Tem dias que, em minha cabeça os pensamentos pululam. Ai sim é gostoso, as palavras brotam, jorram por que eu já sei, mais ou menos, o que quero escrever. Quando me lembro de uma passagem, como um quebra-cabeça, monto-a toda no cérebro e deixo que ele as ajeite. Assim eu começo a escrever e quando sinto que está ao meu gosto, adoro colocar sinônimos não tão comuns. Então vou ao dicionário e procuro a palavra mais adequada àquela que colocaria normalmente. Isso é bom, pois amplia o seu vocabulário, por que numa outra escrita que possa fazer, as palavras estão em maior quantidade para que possa escolher.
· Não sou bom em dar conselhos, mas posso dar umas dicas. Escolha uma passagem de sua vida que você passou e gostou, sentiu-se bem e, vez em quando, relembra. Arrume-a com jeitinho em seu cérebro, tire as arestas e deixe-a "redondinha". Vai escrevendo, adaptando aqui, tirando ali, colocando acolá e, dificuldades? O dicionário está ali, pertinho – um livrão ao seu lado ou na sua frente, nessa tela que está olhando. Você faz a primeira, digamos, historinha, amanhã ou depois faz a segunda e, certamente, da terceira em diante você já pegou aquele – como diria? – aquela vontade tremenda de escrever e ai verá como sua cabeça será outra. Sentir-se-á uma escritora ou uma poetiza. Nem tanto assim, mas intimamente, você verá, é isso mesmo que vai sentir.
· Homens escrevem bem – eu adoro José de Alencar, nem sei o porquê, aliás, eu sei sim, mas existem outros maravilhosos também – mas eu tenho a impressão que a mulher tem mais sensibilidade, ela é mais calma, talvez escolha melhor e saiba colocar as palavras exatas para representar aquilo que diz, mostra, vê e que sente da cena. O necessário mesmo, certamente, é um dicionário e um pouco de noção sobre como e o que escrever e, com jeitinho, as palavras vão surgindo.
· È bom "pegar o gosto", a confiança e ai, vai começar a escrever sempre...
· Só isso... experimente e boa sorte...
Eu escrevo e falo mais ainda, mas é apenas para incentivar... C&C-PERSPECTIVAS!
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