Este ilustre filho do Brás, Aníbal Augusto " Garoto " Sardinha será homenageado no próximo domingo no Clube Português e fomos convidados pela Jornalista Thais Matarazzo para tal evento.
Filho do casal de imigrantes portugueses Antônio Augusto Sardinha e Adosinda dos Anjos Sardinha. Além de violonista, Garoto foi um músico multi-instrumentista, dominando também o banjo, cavaquinho, bandolim, violão tenor, guitarra elétrica, havaiana, portuguesa, além de compor e fazer arranjos para estes instrumentos.
Foi um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos, sendo influência para músicos do calibre de João Gilberto, Raphael Rabello, Dino 7 Cordas.
Começou a carreira bastante cedo, com apenas 11 anos de idade, o que lhe rendeu o apelido de "O Moleque do Banjo" e posteriormente Garoto. No final de 1952, a partir do programa "Música em Surdina", da Rádio Nacional, o diretor musical Paulo Tapajós formou com Fafá, Garoto e Chiquinho do Acordeom o Trio Surdina.
Gravou com artistas do calibre de Carmen Miranda, Dorival Caymmi, Ary Barroso.
Faleceu em 1955 de ataque cardíaco quando planejava uma excursão à Europa.
Discografia[editar] WIKIPEDIA
- (1955) A abelha e a borboleta/João Viola • Odeon • 78
- (1955) Valsa do adeus/Mazurka • Odeon • 78
- (1955) Garoto revive em alta fidelidade • Odeon • LP
- (1954) Baião paulista/Romântico • Odeon • 78
- (1954) Sob o céu de Paris/Oh! • Odeon • 78
- (1954) Arucaia(com Joel de almeida)/Príncipe • Odeon • 78
- (1954) Baile da Camacha/Corridinho 1951 • Odeon • 78
- (1954) O sino da capelinha/Polquinha sapeca • Odeon • 78
- (1953) Xaxadinho/Cavaquinho boogie • Odeon • 78
- (1953) Cuco/Chegou a hora • Odeon • 78
- (1953) Luzes da ribalta/Le Lac de come • odeon • 78
- (1953) São Paulo quatrocentão/Baião rouxinol • Odeon • 78
- (1952) Artigo do dia/Guanabara • Odeon • 78
- (1952) Baião caçula/Perigoso • Odeon • 78
- (1952) Um baile em Catumbi/Sempre • Odeon • 78
- (1952) Vamos acabar com o baile/Paulistinha dengosa • Odeon • 78
- (1952) Kalú/Melancolie • Odeon • 78
- (1951) Abismo de rosas/Tristeza de um violão • Odeon • 78
- (1951) Meu coração/Triste alegria • Odeon • 78
- (1951) Errei, sim/Famoso • Odeon • 78
- (1950) Arranca toco/Desvairada • Odeon • 78
- (1950) Dinorá/Beira-mar • Odeon • 78
- (1949) 1 x 0/Língua de preto • Odeon • 78
- (1949) Puxa-puxa/Caramelo • Continental • 78
- (1946) Sonhador/Celestial • Continental • 78
- (1946) Ameno Resedá/Meu cavaquinho • Continental • 78
- (1944) Rato rato/Fala, bandolim! • Victor • 78
- (1944) Dor de um coração/Os patinadores • Victor • 78
- (1943) Amor-Cielito lindo/Jalousie • Victor • 78
- (1943) Tico-tico no fubá/Carinhoso • Victor • 78
- (1943) Un peu d'amour/Amoreuse • Victor • 78
- (1942) Abismo de rosas/Quanto dói uma saudade • Odeon • 78
- (1942) Maria Helena/Amoroso • Victor • 78
- (1941) Compromisso para as dez/Ingratidão • Victor • 78
- (1939) Dá-me tuas mãos/Música maestro por favor • Victor • 78
- (1937) Sobre o mar/Quinze de julho • Columbia • 78
- (1936) Moreninha/Dolente • Columbia • 78
- (1930) Bichinho-de-queijo/Driblando • Parlaphon • 78
O Departamento Cultural do Clube Português de São Paulo
Convida para a homenagem ao músico e compositor luso-brasileiro "Aníbal Augusto Sardinha - Garoto, o Gênio das Cordas", com organização da Diretora Cultural Maria dos Anjos Oliveira e do Maestro Mário Albanese.
Estão confirmada as presenças de Mário Albanese, Bonfim, Silvio Santisteban, José Tomas do Amaral e prof. José Amaral.
O evento acontecerá no dia 6 de outubro de 2013, às 15 horas, no Clube Português, Rua Turiassú, 59, Perdizes.
O Homem dos Dedos de Ouro!
Mário Jequibau Albanese
Três de maio é uma data que não consigo esquecer, porque foi um dia de profunda tristeza. Garoto se encantou na minha lembrança enraizado no meu coração! As audições, palestras e aulas eu as inicio com referências e tocando suas músicas, em especial, Amor Indiferença, nossa parceria.
Em 1939 as apresentações do Garoto nos EUA renderam-lhe o título de O Homem dos Dedos de Ouro! O descontraído domínio de vários instrumentos de corda e criatividade fluente maravilharam ícones do jazz como Art Tatum e Duke Ellington, assíduos na suas apresentações.
Garoto introduziu uma nova concepção de música, inclusive apresentando o violão tenor, sua invenção. Deslumbrou o Presidente Roosevelt na Casa Branca e aos americanos que tiveram a felicidade de ouvi-lo.
Após oito meses trabalhando com Carmen Miranda, retornou ao Brasil. Foram somente 15 anos de sua preciosa vida. Garoto faleceu sem completar 39 anos, aos três (3) dias de Maio de 1955 depois de com sua modernidade, riqueza harmônica e concepções inusitadas, transformar o cenário da música brasileira.
Violões Di Giorgio lançou um CD com gravações feitas pelo Garoto em violão solo. É um precioso registro histórico de seu talento.
O pensamento cria, o desejo atrai e a fé n o trabalho realiza!
Com particular consideração e imensa amizade,
Mário Jequibau Albanese
Comentários