Já falamos em postagens anteriores da Monografia de nossa querida Igreja Matriz de Santo Antonio do Pari , que nos foi enviada pela Maria Aparecida Ferroni Rocho.
Hoje falaremos em breves palavras de mais um trecho dessa bela obra, ainda mais
agora em que Frei Gilmar , já ex-Pároco, deu início aos preparativos para os festejos do Centenário de nossa Paróquia no ano de 2014. O próximo Pároco tomará posse em breve , quando falaremos mais sobre o assunto.
Como vemos os primeiros frades receberam da Cúria autorização de fundarem uma nova paróquia num trecho da Paróquia de Bom Jesus do Brás, lá na Rangel Pestana. Vimos ainda a procissão que veio com centenas de parienses de lá do Brás até a primeira igreja , na verdade uma loja que há pouco foi demolida para
a construção de um prédio comercial.
Pouco tempo depois a família Vautier cedeu para os franciscanos uma grande área, onde foi construída uma pequena igreja numa cripta ou porão como fala-
vam os antigos , meus avós se referiram a esse fato , várias vezes, quando eu era criança e adolescente.
Depois fizeram uma igreja maior sobre a cripta , que se adaptasse às necessidades da população católica do bairro.
Mas, o fervor dos parienses , num misto de garra e coragem , ergueu-se este belo templo que temos até os dias de hoje, sempre belo e com o qual mantemos tanta afinidade , que parece que é um membro de nossa família.
Ainda no último sábado lá estive, na Santa Missa das 4 da tarde e durante o Canto final , enquanto ouvia o som do violão do meu amigo Wagner Wilson, membro de uma família antiga e de grande participação na nossa comunidade , os Capela, ficava lembrando alguns momentos , importantes ou não , que passei naquele templo.
Os bons momentos na sua grande maioria e os maus, poucos , felizmente , que eu prefiro deletar do meu pensamento , mas que eles vem , são cicatrizes.
Mas , como dizia , após a construção de nossa Igreja Matriz , a antiga igreja , tornou-se o Salão Paroquial, ou como passou a ser conhecido o cineminha da igreja. Belas cerimonias, festas de formatura, de ordenações sacerdotais, encenações teatrais e acima de tudo os seriados, os filmes de bangue - bangue, os beijos na tela , celebrados com gritos e vaias , a torcida e a vibração com os acordes da Sétima ou Oitava Cavalaria, sei lá, que chegava para proteger o mocinho que estava cercado por milhares de índios e que com um só revólver e um só tiro derrubava três ou quatro indígenas e quando estava sem bala na arma chegava a turma do exército para salvá-lo. Tudo isso de graça , apenas tinham alguns minutos de Catecismo na Igreja , essa era a condição.
Balas , doces eram vendidos a preços irrisórios , pois eram dados pelas várias indústrias de doces e biscoitos que haviam no bairro doce de São Paulo.À noite as sessões eram para os adultos onde eram exibidos filmes de longa-metragem sobre vidas de santos ou dramas.
Enfim , bons tempos para quem viu , mas estas lembranças estão marcadas em nossos corações e mentes.
Mas , vamos a mais um trecho da Monografia que a Aparecida nos enviou:
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