Sim , o clamor dos parienses por duas vezes barrou planos diabólicos para destrui-lo.
Em 1972, um vereador radialista do Brás , Neylor de Oliveira ( que Deus o tenha ),apresentou um projeto que rasgaria o bairro da Celso Garcia até a Cruzeiro do Sul, com uma ampla e destruidora via expressa. Vários parienses lideraram um movimento, o assunto fervilhava em cada esquina , em cada porta . O debate chegou ao vereador dr. Sampaio Dória, que graças ao seu espírito combativo e liderança , barrou o famigerado projeto.
Pois bem, em 1986, o tresloucado Prefeito Prof. Jânio Quadros, sempre muito bem votado no Pari, apresentou um projeto de Oscar Niemeyer e defendido pelo seu secretário e genro Mastrobuonno. O projeto foi aprovado pela maioria dos vereadores e visava desapropriar a margem esquerda do rio Tietê ,da Barra Funda até a Penha, cerca de oito milhões de metros quadrados, para fazer um parque , com a via expressa no meio. Por exemplo, num trecho de largura, iria da Portuguesa até a rua Rio Bonito. Tal projeto era o Projeto Tietê.
Desta vez a grita foi maior , com passeata e manifestação na praça Padre Bento com cerca de dez mil pessoas. Com tantos protestos,vários políticos , se aliaram à causa. Na manifestação vimos Eduardo Suplicy, Mário Covas e o grande arauto contra o projeto que foi o vereador Getúlio Hanashiro, entre outros.
Foi tema de um discurso que vamos postar do Deputado Federal Horácio Ortiz na Câmara em Brasília e publicado na Folha de São Paulo de 28 de junho de 1986.
Com tamanha pressão o Prefeito Jânio engavetou o projeto, não sem onerar os
cofres municipais, só a maquete custou uma fortuna. Nestas matérias que aos poucos vou postando, procuro demonstrar às novas gerações e refrescar a memórias das velhas , sobre essa saga.
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