Durante a segunda reunião A Voz das Escolas, realizada no último dia 21 de junho no Colégio Bom Jesus do Pari (rua Hannemann, 352), com a presença de autoridades da região, foi discutida a ideia de se instalar o vídeomonitoramento nas 33 escolas da região.
Segundo o comandante da 3ª Cia do 13º Batalhão da PM, capitão Aldrin Santos Corpas, existem hoje 260 câmeras monitorando a Capital. “A iniciativa de estender o vídeomonitoramento nas escolas apoiaria o policiamento preventivo e ostensivo”, ressaltou ele. As câmeras fariam uma cobertura 24 horas nas escolas.
As finalidades do vídeomonitoramento, completou Aldrin, são o controle visual, busca de delinquentes e melhora do tempo de resposta dos locais monitorados.
Também presente na Voz das Escolas, o ex-comandante geral da PM, Álvaro Camilo. Ele disse que a Polícia Militar está testando o LTE (Long Term Evolution, que em português significa Evolução de Longo Prazo), uma tecnologia que permite a transmissão de imagem. “Num futuro próximo, o policial, dentro da viatura, terá imagens no tablet, em tempo real. Pode inclusive enviar um relatório diretamente para o subprefeito”. A ideia é integrar Copom, CET e até câmeras particulares.
O vídeomonitoramento funcionaria da seguinte forma: a escola avisa a polícia sobre o que está acontecendo e passa o endereço IP da câmera para que a PM monitore aquela câmera especifica. A ferramenta já é usada em alguns países.
Vereadores na reunião
O vereador Adilson Amadeu disse que a cada três horas, é assaltada uma casa em São Paulo. “São 26 impostos que pagamos”. De acordo com ele, para cada 4.500 habitantes, há três policiais militares, isto é, 1 para 1.500.
“Precisamos nos empenhar. Com o dinheiro gasto na nova Central de Telecomunicações e Videomonitoramento da Guarda Civil Metropolitana – GCM, daria para colocar pelo menos 4 GCMs dentro de cada escola. Merece até uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), caso o dinheiro não tenha sido usado”, disse Adilson.
Outro vereador presente, Jamil Mourad, disse que lançou uma publicação sobre a introdução da psicologia e do serviço social para participação na política educacional. “Precisamos trabalhar os conflitos que existem nos professores, funcionários da escola, alunos e família: tem muito individualismo e consumismo. De forma que possamos desenvolver uma mentalidade de solidariedade, respeito, cooperação e sociabilização. Os alunos aprenderão a viver em sociedade na escola, respeitando o próximo”. Para ele, a instalação do vídeomonitoramento é fundamental.
Ronda Escolar e Restaurantes
Ainda na reunião, o capitão Aldrin informou que está sendo reforçado o policiamento escolar com o apoio das motos e bicicletas. “Reforçamos a entrada das escolas com efetivo da Ronda Escolar”.
Disse ainda que a 3ª Cia está policiando os restaurantes e bares para coibir os constantes assaltos. “Os nossos policiais estão compromissados em atender bem a comunidade”, reiterou ele, que anunciou a criação do blog A Voz das Escolas.
Chamada para 9 de agosto
A Voz das Escolas foi criada pelo Jornal do Brás em 2008 e é realizada com o objetivo de discutir a problemática das escolas estaduais, municipais e particulares. São 33 escolas mapeadas, num efetivo de oito policiais destinados exclusivamente à Ronda Escolar. A próxima reunião será dia 9 de agosto no mesmo local, Colégio Bom Jesus, a partir das 10h.
Capitão Aldrin está dinamizando cada vez mais o policiamento na região
Eduardo Stefanelli e Ricardo Simões são do Instituto Federal São Paulo da rua Pedro Vicente, 625
Vereador Adilson Amadeu pede mais empenho contra assaltos
Vereador Jamil Mourad diz que é preciso acabar com os conflitos nas escolas
Claudia Rodrigues, supervisora de esportes da Subprefeitura Mooca disse que em torno de 500 crianças participam aos domingos das atividades de lazer e prática esportiva no Polo de Brincar na Praça Gel Humberto de Souza Mello. As crianças são, em sua maioria, bolivianas. Ela agradeceu ao vereador Adilson Amadeu pela emenda favorável ao Clube da Comunidade Serra Morena, para requalificação do campo e toda estrutura do clube e ao vereador Jamil Mourad pela emenda favorável a revitalização da Praça Souza Mello
O vice-cônsul da Bolívia, Edgar Herrera Campos, disse que o Consulado faz um árduo trabalho para melhorar cada vez mais a regularização dos bolivianos que vêm para a região
Marina do Brás disse que será de grande valia a instalação das câmeras nas escolas. “Por experiência própria, já que fui síndica de um prédio”
Ex-comandante da PM, cel Álvaro Camilo falou sobre novas técnicas de integração Polícia-Comunidade
Celso Lopes, presidente do Serra Morena da rua Araguaia, 749, disse que o clube é o único na região que tem o projeto Clube Escola. “Lá nós atendemos 100 crianças de manhã e 100 à tarde gratuitamente em conjunto da Prefeitura. Oferecemos almoço (arroz, feijão, verdura e carne) e um jantar”, disse. Há uma parcela muito grande de bolivianos, completou Celso
Dóris Pestana, que até a data da reunião era presidente do Rotary Brás, disse que o trabalho realizado com os alunos bolivianos da Escola Eduardo Prado – que representam uma porcentagem de 50% do total de alunos – será estendido aos pais, através de aulas de Português. Além disso, estão em andamento os projetos “Prevenção também se ensina”, com apoio da 3ª Cia do 13º BPM/M, e o “Despertar para os Sons”, cujas inscrições devem ser feitas com a maestrina Lúcia na Igreja Bom Jesus do Brás. “Pretendemos também trazer para a Eduardo Prado, aulas de música para os filhos bolivianos”
Carlos Alberto, o popular Fio, disse que o trabalho do Rotary Club Brás em conjunto com o vereador Adilson Amadeu pode melhorar e muito a segurança da região Brás/Pari
Abadia da CVC Turismo e Regina do Colégio Bom Jesus
Sargento Beatriz e soldado Rosana com cel Álvaro Camilo
Escola reitera pedido de socorro
O diretor Jurandir da Escola São Paulo (na foto ao lado de Marina Ueno), marcou presença na reunião e veio pedir ajuda aos vereadores e à 3ª Cia sobre os assaltos na instituição, que ocorrem durante a saída dos alunos. O entrave, segundo o capitão Aldrin, é que no Parque D. Pedro II a Polícia Militar não entra e a Guarda Civil Metropolitana não tem base. Além disso, o local é divisa de duas áreas.
Nota da Redação: Subprefeitura Sé ou Subprefeitura Mooca? 13º BPM/M ou 45º BPM/M? 1º DP, 8º DP ou 12º DP? Será que dá para resolver esse “tão difícil” problema a fim de atender a escola? Com a palavra quem se dispuser a assumir de per-si as atribuições.
Jurandir e Marina do Brás
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