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Mulçumanos do mundo inteiro celebram o fim do Ramadã, um mês de jejum para os seguidores da religião. Em São Paulo, as mesquitas estão lotadas para celebrar a data sagrada.
É quase em forma de canto que as palavras do Alcorão dominam o ambiente. As mesquitas estão lotadas. Tem sido assim desde o dia 20 de julho, quando começou o Ramadã.
Um tempo de abstinência. Entre o nascer e o pôr do sol, nada de comida, bebida, sexo, cigarro ou pensamentos negativos. Durante todo o mês do Ramadã, deve ser assim, e todo mulçumano sabe que esse período de jejum é um dos pilares da religião islâmica.
Grávidas, crianças, doentes e idosos são dispensados do jejum, mas o senhor de 105 anos faz questão de passar o dia sem comer. Se sente fraqueza?
“Não. Graças a Deus, fico forte", garante o servidor público Ramis Hashed Hayek.
O filho dele, o gestor comercial Mohamed El Hayek, explica um dos efeitos mais poderosos que ele vê no jejum.
“Quando alguém te pedir água, você saber, porque você já sentiu sede. Quando alguém te pedir comida, você saber o é fome”, explica.
Quem abraçou a religião mais tarde, se converteu, ou reverteu, como dizem os mulçumanos, sente muito sacrifício. Como o técnico de futebol Gustavo Caiche, que é brasileiro e era católico.
“Aqui, a gente é acostumado a ver todo mundo comendo, bebendo toda hora, se divertindo. É a parte difícil. A gente ter o contato com as pessoas, todo mundo comendo e bebendo e a gente não poder", afirma.
Nas casas, o fim do dia tem jeito de festa entre família, amigos e até desconhecidos. O Ramadã é tempo de doar, de repartir.
“Todo dia é uma festa, uma pequena festa, quando a gente quebra o jejum, quando a gente alimenta o corpo. Mas seria muito triste sozinho", finaliza o xeque Jihad Hassan Hammadeh.
Fonte : http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/08/muculmanos-do-mundo-inteiro-celebram-o-fim-do-ramada.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis
Wagner Wilson
http://www.wilson.com.br
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